sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

IMPACTO DA CRISE INTERNACIONAL

Situação de Cabo Verde
Apesar do sucesso do modelo de desenvolvimento em Cabo Verde (pertença à lista dos países de rendimento médio) durante a última década, a nossa economia registou um forte crescimento ao nível do crédito, facto que alimentou a bolha imobiliária, expondo simultaneamente os bancos ao risco de investimentos estrangeiros, ficando a actividade económica fortemente dependente do sector financeiro da construção e do turismo. Associados ao forte crescimento económico registado na última década, registaram-se aumentos ao nível dos preços e salários. A partir de 2007, em resultado da crise financeira internacional, os activos imobiliários registaram acentuadas desvalorizações, facto que afectou fortemente o sector. Na tentativa de ultrapassar esta questão, o governo tomou algumas medidas de precaver a crise nas ilhas, as chamadas medidas de austeridade, embora não assume porque em Novembro de 2011 José Maria Neves dizia que não haverá plano de austeridade em Cabo Verde.
As medidas tomadas pelo executivo
Deste modo, em função da queda da actividade económica (queda do produto, aumento do desemprego, perda de competitividade, etc.) e dos custos associados à recapitalização da banca, as finanças públicas viram o défice orçamental aumentar de 7% para 15% de 20010 para 2011, tendo as autoridades implementado como resposta um conjunto de medidas de consolidação orçamental na tentativa de conter o défice já em 2012. Apesar de tudo, o governo, através do Primeiro-ministro, dizia em Novembro de 2011: ‘não haverá plano de austeridade em Cabo Verde’.
Por outro lado, o FMI sugere que O governo cabo-verdiano deve manter uma postura austera para preservar a paridade cambial e proteger a economia contra os choques externos. São as recomendações feitas pela subdirectora geral e presidente em exercício do conselho de administração do Fundo Monetário Internacional (FMI), que concluiu a segunda e última avaliação de desempenho de Cabo Verde ao abrigo do Instrumento de Apoio à Política Financeira (PSI).
 
Orçamento do (OE) para 2013
O crescimento económico para 2013 deverá situar-se em torno de 5%, em função do desenvolvimento da conjuntura económica e financeira internacional e da procura interna. Falar do OE, é falar um pouco do imposto (directos e indirectos), consumo público, energia, água, turismo, divida pública - montante acumulado dos empréstimos contraídos pelo Estado para cobrir défices de cada ano. De qualquer das formas o país deve apostar num orçamento que o permita ganhar maior competitividade, maior produtividade sem no entanto esquecer de que é preciso fazer mais e melhor. Aliás, na abertura do debate sobre o OE para 2013, o Primeiro-ministro José Maria Neves disse que é preciso “cautela e medidas que amortecem os impactos negativos que podem arrastar o país para uma situação de crise”.
Efeitos das medidas de austeridade para as universidades
As universidades fazem parte da sociedade e estão a sofrer os efeitos, como todas as empresas, instituições públicas e privadas da actual crise financeira. Os alunos são, também, membros constituintes desta mesma sociedade. Na cidade da Praia há que passe dificuldades em se alimentar ou apanhar os transportes para deslocarem-se às aulas.

 

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